Pois, para além da gravata é que tudo começa...desapertam-se nós, desengolem-se os sapos do dia, atira-se com os sapatos para cantos desencontrados da sala, atira-se connosco para cima da cama (bem no meio, senão não funciona!) e depois fazemos 'aaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!' até não ter mais ar, nem diafragma, nem nada. Até o mundo ficar lá fora, com as gravatas e os sôdôtores, e os sorrisos amarelo-queijo-da-serra, e mais o homem da têvêcabo que não percebe patavina de coisa nenhuma e a outra que oca à campaínha a perguntar se pode dar uma palavrinha sobre a Bíblia...NÃO! Respondemos, bem do meio da cama e do fim do suspirobocejo. Não quero palavrinhas, nem bíblias, nem canais por cabo...só descomprimir do nó de riscas largas tão na moda que me elogiaram tanto com os cotovelos doridos e verdes de inveja...Sim, porque uma gravata de riscas largas tão na moda (que nem escolhi diga-se de passagem...foi ela que ma deu), só serve para que os gajos lá da secretária do gabinete do lado me cortem a casaca às postas (que nem sequer é Às tiras...pois) e eu sinta aqueles picos pequeninos dos alfinetes espetadinhos pelo corpo todo quando estou a ter reuniões com os outros das gravtas lisas e espalhafatosamente caras que aparecem lá ao lado das secretárias dos outros que se pudessem os comiam mais às gravats e às mulheres deles.
Amanhã levo a dos quadrados, catano...
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